Não encontro solução, já não tenho mais mãos que me ajudaram
estou no mesmo sonho, um sonho que chamo de Vida,
sem saber qual o caminho seguir.
Qualquer lugar me lembra a situação que estive, envolto dos braços de minha mãe,
protegido, ungido.
São esses braços que me negam ajuda, atenção,
refletindo em mim a perca da minha
percepção.
Me pego no mundo sozinho, pouco dinheiro na mão, e muita
mas muita vontade de viver.
Não vou viver pelo dinheiro, e sim usa-lo para que ele viva pra mim,
estou saindo,
alcançando meu voo, vou bem alto
posso ir até
de cabeça pra baixo.
O que me pergunto é se vou saber pousar,
mas vejo as pessoas vagando sem nem
terem começado a
voar.
Chegou a hora de honrar, minha postura, não entregar
não desistir de quem sou eu,
é hora de dar meu grito, de mostrar quem eu sou.
Espero descobrir, nessa minha viajem ao além da solidão,
pois na madrugada irei me encontrar sem saber o que sou
e quem está ali, ao canto, me observar
como faz sempre que estou a poetizar,
mas o medo não vai me deixar, então que abraçados alcancemos
esse voo,
rumo à
paixão.
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