Chego, como e deito,
O sol vai se escondendo atrás de prédios e ruas, dando
Espaço pra lua.
Enquanto me deito, espero encontrar
Com a coisa mais bela que o homem
Pôde sonhar.
Fecho os olhos, esperando ver – a cidade não dorme,
Qual atitude tomar perante a minha situação ?
Estou chapado de novo,
Chapado da droga que se chama solidão.
O mundo gira, ele não pode parar,
Mas sou eu no quarto, disposto a perceber
Como o Anhangabaú é não para, é um sobe e desce
Onde as pessoas estão dispostas a obedecer à lei da
Vida, indo e vindo
Sem se atrapalhar...
Na praça da Sé, o povo grita, ninguém para pra escutar.
Uns gritam sobre deus, magia e coisas de pagão
Girtam com toda convicção que o mundo vai acabar,
Mal sabem eles,
O como é bom deitar,
Fechar os olhos e se isolar.
O sol nasce de novo, estou louco pra encontrar
Meus amigos e falar pra eles o que me aconteceu
Medo do só,
Medo do pó...
Nada é real,
A não ser o deitar... que no fim das contas é como
passaremos
A eternidade, sem mente, dentro do caixão.
Palavras pesadas,
Chapado de novo,
Em meio a multidão.
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