quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Chego, como e deito,
O sol vai se escondendo atrás de prédios e  ruas, dando
Espaço pra lua.

Enquanto me deito, espero encontrar
Com a coisa mais bela que o homem
Pôde sonhar.

Fecho os olhos, esperando ver – a cidade não dorme,
Qual atitude tomar perante a minha situação ?
Estou chapado de novo,
Chapado da droga que se chama solidão.

O mundo gira, ele não pode parar,
Mas sou eu no quarto, disposto a perceber
Como o Anhangabaú é não para, é um sobe e desce
Onde as pessoas estão dispostas a obedecer à lei da Vida, indo e vindo
Sem se atrapalhar...

Na praça da Sé, o povo grita, ninguém para pra escutar.
Uns gritam sobre deus, magia e coisas de pagão
Girtam com toda convicção que o mundo vai acabar,
Mal sabem eles,
O como é bom deitar,
Fechar os olhos e se isolar.

O sol nasce de novo, estou louco pra encontrar
Meus amigos e falar pra eles o que me aconteceu
Medo do só,
Medo do pó...
Nada é real,
A não ser o deitar... que no fim das contas é como passaremos
A eternidade, sem mente, dentro do caixão.

Palavras pesadas,
Chapado de novo,
Em meio a multidão.



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