Mais uma vez, sentado à deriva da noite
sem encontrar o seu olhar,
mais uma vez, sentado na mesa do bar
compondo, filosofando, questionando
onde foi que você acertou pra minha mente viajar num espaço tão pequeno que é seu coração?
conquistado, domado, domesticado e
não foi por mim.
Mais uma vez, a noite me acolhe, como um filho bastardo,
desconsolado pelo Sol que ignorei,
viro mais uma, pois já não conheço o olhar 43.
É quando surge você, mais uma vez
descendo a rua, o olhar a me fitar.
Nos olhamos,
passamos a nos amar,
pois o ''sexo verbal'' nos instigou,
agora caio.
Mais uma vez escrevendo,
pois a verbalidade do sexo eu não sei compor,
você me tira da minha solidão sem ter nada a mais a me oferecer
e mais uma vez,
eu penso em você.
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