domingo, 26 de agosto de 2012

Papel, vinho e sol.

Pedaços de folhas jogadas no chão,
as paredes riscadas com tinta vermelha
algo que escrevi em nome da Paixão. 

O diferente se torna indiferente perante a realidade
que me seduz, conduz meu pensamento e meu viver
é culpa minha eu querer voar em meio à cidade,
sem perceber o mal que isso faz 
às pessoas tão presas ao chão?

Pessoas passando, correndo, entram e saem dos ônibus e metrôs
não quero ser mais um,
não quero ser um robô!

Pela rua danço percorrendo meu caminho até de manhã, 
sabendo que a vida não tem uma música de fundo por onde eu passo,
mas não tem problema, 
no meu musical tem a música que eu quero e onde eu quiser. 


Porque não tem ator principal se não eu mesmo, em minha peça sendo escrita e reescrita por mim,
num momento sedado de solidão, eu subo a rua Augusta em busca de encontrar você,
mas sei que não está, 
porque está deitada em sua cama pensando naquele careta que nem sabe
pensar no que pode ser o Amor,
enquanto este louco está a deriva da paixão.

Sofá, sala de estar ou de ser,
deitado no chão,
o cigarro queimando, é mais um Domingo de sol
onde nem o Rei me levou pra cima,
eu só cai. 

E no fim só me restam:
meus livros, meus rascunhos, meu vinho e 
minha incompreensível capacidade de me achar complexo em meio à sociedade ''simples'', padronizada.

Mas é que volto a olhar,
e me apaixono de novo pela a incrível capacidade de voar
porque só na Liberdade eu encontro a verdadeira união,
será que para ser livre
é preciso
casar-se
com a 
solidão? 



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