Passei
anos e anos sem saber o quão importante foram para as mudanças dentro de uma
sociedade, de vidas individuais, do mundo.
Eu
quero, assim como vocês, ser uma pequena chama na vida de outros homens e
mulheres que tentam não ser como todo mundo.
Passei
outros anos em outros níveis de conhecimento, ainda sem conhecer o trabalho
terrestre que vocês começaram e deixaram para seus fãs, seus seguidores poderem
terminar em cada um.
Talvez
seja esse o macete da Terra, começar a mudança e ser exemplo
E
depois, desaparecer fisicamente,
Deixando
conosco suas músicas, suas falas, entrevistas, ideias...
Eu falo,
passei por momentos tenebrosos, descrenças de muitas outras ideias de outros
malucos
E
conheci a ideologia de vocês, músicos tão brilhantes que não queria ser
venerados por ninguém, só queriam fazer suas músicas e que elas fossem
conhecidas
Para
que o trabalho fosse reconhecido, nada mais...
Mas
não foi só isso que aconteceu,
Eu, um
biruta, filho do meu Tempo, percorro o passado estudando, idealizando, vivendo
o que vocês viveram
Criando
coisas que vem de mim e semelhantes a coisas que vocês criaram,
Porque
nunca soube me comportar,
Nunca
soube abaixar a cabeça e dizer ‘’ok, é assim que vai ser...’’
Humanos,
cagaram, mijaram, beberam, usaram.
Melhor
espelho de inspiração somos nós mesmos, porque também cagamos e mijamos, e
procuramos perdoar a nós mesmos
Mas os
fantasmas do passado sempre souberam nos atormentar, talvez seja a minha
conclusão da vida que vocês levaram, eu nunca vou – realmente – irei saber o
que quiseram dizer com ‘’Imagine’’ ou ‘’Maluco Beleza’’
Mas
sei o que deve significar pra mim
Não é
acreditar que o chão cimentado é bom pra
ficar
E sim
acreditar nas pernas em movimento, correndo nesse cimento que chamamos de chão
É
alcançar o Grande Voo, ser um falcão.
Ah,
não sei mais de nada, a música e a poesia são as últimas coisas que me seguram
aqui
E
vocês, além de outros, sabem me ouvir e inspirar
Hum,
preciso mijar... A cerveja desceu,
Nexo
nenhum,
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