segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Para eles.


 Quando vim a este mundo, eu não os conheci
Passei anos e anos sem saber o quão importante foram para as mudanças dentro de uma sociedade, de vidas individuais, do mundo.
Eu quero, assim como vocês, ser uma pequena chama na vida de outros homens e mulheres que tentam não ser como todo mundo.

Passei outros anos em outros níveis de conhecimento, ainda sem conhecer o trabalho terrestre que vocês começaram e deixaram para seus fãs, seus seguidores poderem terminar em cada um.
Talvez seja esse o macete da Terra, começar a mudança e ser exemplo
E depois, desaparecer fisicamente,

Deixando conosco suas músicas, suas falas, entrevistas, ideias...
Eu falo, passei por momentos tenebrosos, descrenças de muitas outras ideias de outros malucos
E conheci a ideologia de vocês, músicos tão brilhantes que não queria ser venerados por ninguém, só queriam fazer suas músicas e que elas fossem conhecidas

Para que o trabalho fosse reconhecido, nada mais...
Mas não foi só isso que aconteceu,
Eu, um biruta, filho do meu Tempo, percorro o passado estudando, idealizando, vivendo o que vocês viveram
Criando coisas que vem de mim e semelhantes a coisas que vocês criaram,
Porque nunca soube me comportar,
Nunca soube abaixar a cabeça e dizer ‘’ok, é assim que vai ser...’’

Humanos, cagaram, mijaram, beberam, usaram.
Melhor espelho de inspiração somos nós mesmos, porque também cagamos e mijamos, e procuramos perdoar a nós mesmos
Mas os fantasmas do passado sempre souberam nos atormentar, talvez seja a minha conclusão da vida que vocês levaram, eu nunca vou – realmente – irei saber o que quiseram dizer com ‘’Imagine’’ ou ‘’Maluco Beleza’’

Mas sei o que deve significar pra mim
Não é acreditar que o chão cimentado é  bom pra ficar
E sim acreditar nas pernas em movimento, correndo nesse cimento que chamamos de chão
É alcançar o Grande Voo, ser um falcão.

Ah, não sei mais de nada, a música e a poesia são as últimas coisas que me seguram aqui
E vocês, além de outros, sabem me ouvir e inspirar
Hum, preciso mijar... A cerveja desceu,
Nexo nenhum,
Vou ali, perguntar se o palhaço ainda sabe sorrir. 


&


Tributo. 
Bruno Contardi, Agosto 2012.

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